quarta-feira, dezembro 28, 2011

.:A.mor.te:.



Eu fico ali...
Plantada
Chorando
Torcendo que seja um sonho
Pesadelo
Miragem
Esperando que alguém
me tire dali
Bêbada
Desmaiada
Morta
Desejando um chá amargo
que faça eu vomitar
tudo aquilo que vi.

Renata Zonatto

sexta-feira, outubro 21, 2011

.:VERDadE:.


Jardín Japonés - Buenos Aires

Já não me importo se o dia está cinza-nublado.
Carrego comigo o verde-castanho dos teus olhos...
pra colorir o meu mundo!

Renata Zonatto

terça-feira, setembro 20, 2011

.: De Passagem:.



Ela não podia ser o que as pessoas queriam,
ela não podia ser outra pessoa,
simplesmente porque não podia ser o que não era.
Por que era tão difícil aceitar que ela não era vazia?
Ela tinha sonhos, queria viajar, voar,
ficar perto dos seus amigos, beber até cair...
Ela só queria encontrar alguém que a entendesse, e então,
fugiria de casa.
Poderia vender suas roupas, seus sapatos e alguns livros,
assim iria ter dinheiro suficiente para comprar duas passagens na rodoviária.

Renata Zonatto

sábado, julho 30, 2011

.:Letras:.


Love Letters - Ray Caesar

Grito.
Sussurro.
Minhas palavras
voam com o vento.
Queria ser um R, um J ou um D.
E voar para bem longe desse caos.

Renata Zonatto

quinta-feira, junho 09, 2011

segunda-feira, abril 25, 2011

.:Vazia:.



E mesmo com toda essa angústia que me deixa
paralisada-fria-calada!
Com todo esse sentimento de perda...que deixa tudo sem sentido.
É nos teus braços que procuro...conforto.
Olho nos teus olhos e não me vejo.
Ouço tuas palavras e sou obrigada a pegar minhas coisas e sair da sua vida.

E daí? Eu nem queria te amar mesmo!


Renata Zonatto

segunda-feira, janeiro 31, 2011

.:Sem Nós:.



A verdade é que o nosso amor era uma corda arrebentando...
...uma corda pequena demais para se dar um nó!

Renata Zonatto

terça-feira, janeiro 04, 2011

.:Espetáculo:.



Teatro.
Uma peça.
A platéia.
Na bilheteria,
a numeração intacta.
Decorar o texto?
Ensaiar as cenas?
Melhorar a interpretação?
Eles esqueceram as falas.
Não lembram as deixas.
O script?
A cenografia?
Nunca existiram.
Enredo?
O tédio.
Personagens de uma peça da qual os espectadores
são as cadeiras vazias.

Renata Zonatto
2004